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quinta-feira, 16 de abril de 2009

As Velas Ardem até ao Fim

Após 41 anos de separação, dois homens voltam a reunir-se.
Uma amizade de 22 anos é analisada sobre o profundo olhar de um antigo general do Império Austro-Húngaro, Henrik, que recebe no seu castelo o seu antigo companheiro de armas, Konrad.
Todo o enredo é constítuicdo por personagens com personalidades muito próprias que se fundem nas mesmas características emocionais mas que desempenham papéis diferentes.
A governanta do castelo de Henrik, com uma presença constante, é a observadora silenciosa das vidas que estão a ser analisadas. Krisztina, acompanha a amizade destes dois homens e possui, muito brevemente nas descrições do escritor, uma força feminina muito característica, quase inocente. 
Sándor Márai traz com esta obra os princípios primários que regem as emoções humanas.
Através de um olhar único sobre a vida de dois homens já envelhecidos, experimenta-se a força das vontades e desejos e a força da paixão e do que esta pode trazer ao coração dos homens.
Em todo o livro se colocam questões que evidenciam a sensibilidade e o toque de um génio literário muito próprio.
Sándor Márai conta a história de um general imerso no silêncio e solidão e de uma época marcada pelo declínio do Império Austro-Húngaro, conseguindo fazer com que o leitor consuma as suas palavras sem cansaço, como se estas fossem possuidoras de vontade própria.
Este é um livro causador de um momento único de prazer, um prazer que transporta consigo a ansiedade de querer saber o que resta no final.

Sara Almeida

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